sexta-feira, 27 de maio de 2016

Proteger a natureza pode garantir água limpa para 700 milhões de pessoas

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O novo relatório divulgado pela The Nature Conservancy mostra como investimentos feitos para proteger e restaurar a natureza poderiam melhorar a qualidade das fontes de onde sai a água para abastecer mais de 700 milhões de pessoas, que vivem nas 100 maiores cidades do mundo.


Replantar florestas, recuperar rios e impulsionar as práticas agrícolas capazes de limitar o escoamento de água causariam um impacto significativo na forma como é feito o uso do solo nas bacias hidrográficas. Consequentemente, ocorreriam mudanças positivas na qualidade e, com o passar do tempo, na quantidade de água no mundo.
Conforme reportagem do Huff Post, os gastos gerados com infraestrutura em saneamento básico em áreas urbanas do mundo chegam aos $90 bilhões de dólares e os investimentos feitos em bacias hidrográficas consomem boa parte desse montante.
Em média, as florestas ocupam apenas 40% das bacias urbanas, as plantações representam outros 30% e 20% ficam com os pastos. Nos países em desenvolvimento, a área reservada para a agricultura é mais extensa, o que agrava ainda mais os problemas com a água devido à utilização de fertilizantes e as erosões.
Segundo a matéria do jornal, a combinação entre o que a natureza pode prover e os investimentos em infraestrutura tradicional têm deixado os ambientalistas contentes e ganha mais reconhecimento quando é colocada em prática.
A China serve de exemplo, pois 73% das bacias do país estão significativamente poluídas, diz o relatório da The Nature Conservancy. Mas há 16 anos, os chineses iniciaram o considerado maior programa de conservação do mundo. O objetivo do plano é restaurar as florestas da região. Para isso, o governo pagou aos agricultores e madeireiros para ser uma espécie de guardião do ecossistema local e, com essa ação, recuperou mais da floresta do que havia perdido na década após ter dado início ao programa.
De acordo com um estudo divulgado em março pela Universidade do Estado de Michigan, a China restaurou 1,6% da cobertura arbórea do país entre 2000 e 2010, enquanto haviam sido cortados 0,38% das florestas. As informações são do Huffington Post.

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