segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A farsa >> Aécio promete para o Brasil o que não cumpriu em Minas



O candidato do PSDB à presidência anunciou seu plano de governo para a educação com propostas das quais, em sua maioria, não cumpriu quando foi governador de Minas Gerais.

No bate-papo, a campanha do tucano prometeu investir na infraestrutura das escolas públicas e dar condições adequadas para seu funcionamento. Ocorre que o estado que Aécio governou até 2010 e sucedido pelo também tucano Antônio Anastasia, até este ano, estão hoje em situação precária.

Mais de 50% das escolas estaduais do ensino médio não possuem laboratório de ciências e nem salas de leitura e 80% sequer têm almoxarifado, informou o candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, em entrevista à Agência PT. 

Mas, na rede, a promessa foi estendida para todo o Brasil. “Pode acreditar: nenhuma escola ficará esquecida no nosso governo. Vamos garantir prédios organizados, móveis, carteiras, merenda, material didático de qualidade, livros, transporte escolar e acesso à internet em todas as escolas”, prometeu Maria Helena, em nome dos tucanos.

A realidade é diferente. Os governos tucanos, os investimentos em educação passaram de 19,36% em 2003 para 11,53% em 2012. Os governadores do PSDB deixaram também de cumprir, por vários anos, o investimento mínimo de 25% da receita em educação, determinado pela Constituição.

Professores - Aécio não pagou o piso salarial dos professores de Minas e agora promete valorizar a carreira desses profissionais. “A valorização dos professores é nossa prioridade”, disse, prometendo aumentar salários.

Aécio quer mudar o Enem e transformá-lo em uma avaliação “totalmente digital” e realizando em diversas épocas do ano.

Programa Poupança Jovem – O tucano muito se orgulha das melhorias que diz ter feito na educação em Minas e diz que pretende repetir o projeto que, segundo ele, foi exitoso. A proposta do Poupança Jovem é premiar com valores entre R$ 1 mil e R$3 mil o aluno que permanecer na escola e tirar boas notas no Ensino Médio. “Fizemos isso em MG e deu muito certo”, disseram.

A proposta, no entanto, não agradou alguns internautas. “Estou receoso! Um salário mínimo para o estudante frequentar a escola (frequentar não significa estudar), me soa incoerente considerando que o trabalho do professor que é altamente extenuante não é valorizado dessa maneira”, questionou um participante.

A verdade é que o programa não foi ao menos empregado em todo o estado, atingindo apenas 9 dos 853 municípios mineiros. E não pagou o benefício a todos os contemplados. Dos 71,5 mil alunos matriculados em escolas com os requisitos para serem atendidos pelo programa, somente 11 mil formandos de 2012 receberam o valor até o final de 2013.

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